A despoética de Barro(s): uma leitura crítica biográfica fronteiriça
DOI:
https://doi.org/10.62559/recam.v4i1.124Palavras-chave:
Despoética; Manoel de Barros; Crítica Biográfica Fronteiriça.Resumo
Este trabalho, que se erige a partir do Núcleo de Estudos Culturais Comparados (NECC), objetiva estudar a obra do poeta (sul-)mato-grossense Manoel de Barros através de uma perspectiva descolonial traçada a partir de seu biolócus (bios = vida + lócus = lugar) (NOLASCO, 2019). Para tal será necessário valer-se da teorização despoética (NOLASCO, 2021) para conceber um pensamento outro que permita evidenciar como a desobediência epistêmica (MIGNOLO, 2008) proposta como um “aprender a desaprender para re-aprender” (MIGNOLO, 2008) aliada à prática do desprendimento (Mignolo, 2017), descrita como o caminho seguido por quem “habita a fronteira, sente na fronteira e pensa na fronteira no processo de desprender-se e re-subjetivar-se” (Mignolo, 2017, p. 19), resultam no conceito de despoética, o exercício de “despoetizar para re-poetizar” (NOLASCO, 2021). Assim, por meio da leitura de Barros e outros autores, como Edgar Nolasco (2021; 2022) e Walter Mignolo (2008; 2010; 2017), contando com o suporte teórico da crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2015), buscar-se-á, da mesma margem geográfica de emergência que o poeta, pensar uma forma outra de fazer poesia a partir da fronteira-sul.