A jaula da modernidade: leitura descolonial de O mistério do coelho pensante

Autores

  • Bianca Orelli UFMS
  • Edgar Cézar Nolasco UFMS

DOI:

https://doi.org/10.62559/recam.v4i1.134

Palavras-chave:

Descolonialidade, Clarice Lispector, Literatura Infantojuvenil, Literatura Comparada, Exterioridade

Resumo

O presente artigo propõe um recorte do projeto de Iniciação Científica intitulado “O mistério do coelho pensante: um olhar comparatista entre duas versões” estimulado pela bolsa PIBIC/UFMS. Apoiamo-nos nos estudos de Edgar Cézar Nolasco (2015) a respeito do biolócus, o qual origina uma reflexão crítica acerca do bios (vida), seja do “objeto” ou sujeito tratado, e lócus (lugar), isto é, de onde é proposto e originado. A formulação apresentada possibilita teorizar o conceito de exterioridade a partir de Walter Mignolo (2003), interpretando-a na literatura infantojuvenil de Clarice Lispector. Nosso estudo tem por objetivo apresentar uma leitura descolonial do livro O mistério do coelho pensante (1967), da autora elencada, trazendo uma teorização para este campo literário com intuito de comprovar o ato desobediente (Mignolo, 2008) do coelho como participante de uma exterioridade que se desprende da modernidade. Diante disso, será construído nesse trabalho, a articulação de uma jaula da modernidade, que é possível ser pensada durante a leitura da obra escolhida. Por fim, iremos nos guiar nas reflexões de Edgar Cézar Nolasco em “Crítica biográfica fronteiriça (Brasil/Paraguai/Bolívia)” (2015), e “Habitar a exterioridade da fronteira-sul.” (2018), Walter Mignolo em “Histórias locais/projetos globais” (2003) e Enrique Dussel, com os trabalhos “1492” (1993), “Eurocentrism and modernity” (1993), “Europa, modernidade e eurocentrismo” (2005).

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Publicado

2025-10-22

Edição

Seção

Artigos