LITERATURA PÓS-COLONIAL (NOITES DE VIGÍLIA):
da tentativa de apagamento ao ressurgimento e reconfiguração do campo discursivo
DOI:
https://doi.org/10.62559/recam.v1i03.28Palavras-chave:
Noites de Vigília, literatura colonial e pós-colonial, descolonização, reconfiguração do lugar discursivo, memóriasResumo
A partir do romance, Noites de Vigília, de Boaventura Cardoso, o presente artigo pretende abordar conceitos sobre a literatura pós-colonial como outra forma de fazer literatura fora dos padrões eurocêntricos e hegemônicos, próprios da lógica colonial. Passa-se a pensar a dinâmica da vida a partir de outro lugar ideológico, da base fronteiriça, periférica e subalterna. Pretende-se, também, com este artigo, revisitar alguns conceitos como: colonização, literatura pós-colonial e descolonização, e analisar o percurso do sujeito angolano, por meio das personagens do romance escolhido, que vai do sistema colonial à reconfiguração das suas novas estruturas de sujeito que emerge do lugar fronteiriço (espaço de ação), em busca da concretização da liberdade e da adoção de epistemologias diferentes que têm a exterioridade como ponto de partida. Enfim, entendemos que, com a independência das nações colonizadas cresce a consciência do povo sobre a necessidade de reconstruir sua identidade enquanto nação, recuperar sua voz silenciada por séculos e reestruturar seu lugar no mundo.