Entre discursos literários e políticos
Uma análise dos poemas O Navio Negreiro e Vozes d’África, de Castro Alves, e da Lei Áurea, sob a perspectiva abolicionista
DOI:
https://doi.org/10.62559/recam.v3i2.87Palavras-chave:
Resistência; Discursos literários e políticos; Escravidão Negra; Lei Áurea.Resumo
As lutas e resistências dos escravos no Brasil, os discursos literários produzidos por literatos comprometidos com as causas sociais no contexto brasileiro do século XIX, e os discursos políticos de pessoas conscientes da situação deplorável a que os negros estavam submetidos à época, sem dúvida, prepararam o caminho que levaria à Lei Áurea, que, oficialmente, pôs fim à escravização dos negros no Brasil (1888). A partir dos poemas O Navio Negreiro e Vozes d’África, e da Lei Áurea, à luz da análise do discurso em Michel Foucault, propomo-nos a examinar até que ponto as lutas dos oprimidos e os discursos literários e políticos têm em si força suficiente e, capazes de mobilizar consciências e corpos a ponto de gerar um movimento em busca de uma real libertação. Em outros termos, trataremos de perceber os impactos reais das resistências e dos discursos literários e políticos no indivíduo e na sociedade brasileira.